quinta-feira, 31 de março de 2011

Disse o Governo que era de 7,3 por cento...

Ola amigos Trandeirenses,

"Défice público em 2010 foi de 8,6%, mais 1,3 pontos que o previsto"

O défice público registado durante o ano passado, em Portugal, foi de 8,6%, um valor que fica acima dos 7,3% propagados pelo Governo. Por seu lado, a dívida pública superou a barreira dos 90% pela primeira vez.

Estes dados foram divulgados hoje pelo INE - Instituto Nacional de Estatística - e demonstram bem a atitude assumida por este Governo, que esconde, mente, manipula e engana e que resultam da inclusão no défice das dívidas das empresas públicas e do resgate do BPN, exigido pelo Eurostat. Ou seja, o Governo já sabia que tinha de incluir esses valor no défice, mas numa manobra habitual decidiu divulgar os números omitindo estes valores para se vangloriar de um défice menor do que o que na verdade se tem. E o povo continua a comer palha e o rebanho a seguir cegamente o individuo.


Este Governo tem manipulado toda a espécie de números: desemprego, défice, crescimento económico... E ainda têm a cara-de-pau de vir todos sorridentes pedir sacrifícios e dizer que têm feito tudo o que é possível para "salvar" o país.


Juntos por Trandeiras.

Eleições a 5 de Junho!

Ola amigos Trandeirenses,

"Decidi hoje aceitar o pedido de demissão apresentado pelo Senhor Primeiro-Ministro, dissolver a Assembleia da República e convocar eleições legislativas para o próximo dia 5 de Junho."
Cavaco Silva, Presidente da Republica.

 

Cavaco Silva, o Presidente da Republica, fez à poucos minutos uma comunicação ao país, num discurso muito crítico, referindo que aceitou o pedido de demissão do Governo, agendando eleições legislativas para o próximo dia 5 de Junho. Ler aqui o comunicado na integra: Comunicação do Presidente da República após a reunião do Conselho de Estado.


Vamos todos, por isso, ser chamados a eleger uma nova Assembleia Legislativa e um novo Governo. O momento que atravessamos, tal como disse Cavaco Silva, é difícil e grave e pede toda a seriedade. "Estas eleições irão ter lugar num momento crítico da vida nacional, sendo a atual situação extremamente grave no que se refere ao desequilíbrio das contas públicas, ao desequilíbrio das contas externas, ao endividamento externo e às necessidades de financiamento do Estado. [...]As eleições do próximo dia 5 de Junho irão, pois, decorrer num momento em que o País é confrontado, em simultâneo, com uma crise política, com uma crise económica e com uma crise social."
Cavaco Silva chamou ainda a atenção para o facto de, durante a campanha, os partidos e atores políticos serem sérios e falarem verdade: "A campanha eleitoral deve ser uma campanha de verdade e de rigor. Ninguém deve prometer aquilo que não poderá ser cumprido. Este não é o tempo de vender ilusões ou falsas utopias. Prometer o impossível – ou esconder o inadiável – seria tentar enganar os Portugueses e explorar o seu descontentamento. Confio na maturidade cívica do nosso povo. A próxima campanha deve ser sóbria nos meios e esclarecedora nas propostas que cada partido irá fazer ao eleitorado. Estas propostas têm de ser construtivas, realistas e credíveis e a campanha deve decorrer com elevação nas palavras e nas atitudes."


Este, é pois, um momento de responsabilidade. Todos devemos ser responsáveis na nossa futura escolha, pesando bem o que foi feito no passado recente e percebendo o carácter e seriedade dos candidatos e das suas propostas.
"Este é o tempo das grandes decisões, a hora em que o sentido de responsabilidade dos Portugueses, de cada português, irá ser posto à prova. Juntos, conseguiremos ultrapassar as adversidades do presente e dar aos nossos filhos um melhor futuro."


Juntos por Trandeiras.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Governo demissionário!

Ola amigos Trandeirenses,


Ontem à noite, depois de aprovadas as propostas de resolução sobre o PEC4, apresentadas por todos os partidos da oposição, o governo, na pessoa do Primeiro Ministro José Sócrates, apresentou a sua demissão ao Presidente da Republica.

O país está expectante sobre o que virá aí... Por certo não serão soluções milagrosas, nem mar de rosas. O momento atual em Portugal é preocupante e inquietante! Por certo, aconteça o que acontecer nas eleições antecipadas que se anunciam, a classe política não muda de um dia para o outro, os hábitos não se transfiguram de uma legislatura para a outra... Continuaremos a ter uma classe política privilegiada e mais preocupada com o seu bem-estar do que com a missão para a qual foram eleitos, mas pelo menos deixaremos para trás (assim espero) o primeiro ministro mais mau carácter de sempre da História de Portugal! Um primeiro ministro que raramente disse a verdade, enredado num mar de contradições, omissões e inverdades; aprisionado num mar de suspeitas sobre as suas qualificações e envolvimento em negócios e negociatas suspeitas e ilícitas; emaranhado num sistema judicial protetor e pouco transparente...


O país está cansado de políticas que, ano após ano, PEC após PEC, espezinha e pede sacrifícios sempre aos mesmos, recusando envolver neste esforço necessário os mais abastados e os que mais lucram e os que mais privilégios têm. Para quando a extinção de inúmeros Organismos, Fundações e Institutos Públicos, que não servem para nada, a não ser para manter gente bem remunerada. O que vira aí, reitero, não se sabe bem - se calhar mais do mesmo... Mas, pelo menos, estaremos (espero) livres deste abutre que se abateu sobre Portugal e tem, continuamente, sido desleal, arrogante, desonesto, impertinente e mau carácter!


Apenas um pequeno reportório de sua excelência o Primeiro Ministro "Pinócrates", que inspirou igualmente momentos de humor diversos e que traduzem, na sua essência, a realidade triste destes últimos anos em Portugal.




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sábado, 12 de março de 2011

Geração à rasca: milhares juntaram-se em Braga

Ola amigos Trandeirenses,

Geração à rasca: milhares juntaram-se em Braga

O protesto começou na Avenida Central e estendeu-se a outras zonas da cidade.

Alguns milhares de pessoas participaram em Braga no protesto «Geração à Rasca», gritando palavras de ordem contra o Governo, a precariedade e o desemprego no distrito. A manifestação começou com algumas dezenas de jovens na Avenida Central da cidade, que exibiam cartazes e bandeiras contra os falsos recibos verdes e o desemprego dos mais novos.

À medida que o tempo ia passando, foram-se juntando mais pessoas de todas as idades, chegando a alguns milhares, que enchiam a Praça da República (mais conhecida por Arcada), contígua à Avenida Central, informa a agência Lusa.

Os jovens ligados à organização traziam megafones que usavam repetidamente para gritar palavras de ordem.
Vários manifestantes pediram os megafones para falarem. Ouviram-se professores precários, enfermeiros desempregados, estudantes do ensino superior, reformados e alguns pais cujos filhos não conseguem arranjar emprego, apesar de serem licenciados.
Nos discursos, predominavam as críticas a José Sócrates e ao sistema político, culminando quase sempre com apelos à queda do Governo e até à revolução.

No final da manifestação, os organizadores convidaram as pessoas a uma marcha pelas ruas da cidade, o que foi aceite de imediato, com palmas. Só quando os manifestantes entraram nas ruas do centro histórico é que se percebeu a dimensão do protesto, com o aglomerado a prolongar-se por algumas centenas de metros. À passagem dos protestantes, que gritavam palavras de ordem, muitos comerciantes, à porta das lojas, manifestavam com concordância, batendo palmas.


"Geração à rasca" leva 300 mil manifestantes à Avenida da Liberdade

Organização fala em 300 mil manifestantes em Lisboa, polícia aponta para 200 mil. Ainda será cedo para fazer balanços, mas quem está na rua diz não se lembrar de tanta gente junta na Avenida da Liberdade em muitos anos. "Sócrates aceita a demissão" ou "Senhor Presidente dissolva o Parlamento" são das ideias que mais geram consenso.

A Avenida da Liberdade esteve cheia de uma ponta à outra durante várias horas, como não é vulgar noutras manifestações. Membros da organização falam em 300 mil pessoas em Lisboa e mais 80 mil no Porto.
No Porto, o encontro que juntou os manifestantes na Praça da Batalha, fez com que se tornasse, por momentos, e em algumas zonas, quase impossível movimentar-se, tal era o número de manifestantes.

Relatos apontam para 500 manifestantes em Coimbra e 150 em Ponta Delgada. 

Em Viseu, marcaram presença na Praça do Rossio cerca de 500 pessoas.

Faro terá recebido a maior manifestação de sempre naquela cidade. 6.000 é número avançado pela polícia.

"Senhor Presidente, em nome dos pobres, dos jovens, dos idosos e da nação, dissolva o Parlamento!", foi um dos slogans que imperou no Porto. "Sócrates cabrão, aceita a demissão", gritou-se em Lisboa. Os slogans foram imensos: "Nunca pagámos tanto por tão pouco". "Economia é a tua tia". "Com a precaridade não há liberdade". "Revolução dos (es)cravos". "Deixa passar, deixa passar, que o mundo vai mudar". "Todos à rasca homens e animais".

Os manifestantes acreditam que o que hoje se viveu em Portugal poderá espalhar-se pela Europa. Num protesto onde se ouviu "Eu não votei na Merkel".

E os manifestantes não são apenas jovens a protestar contra as actuais condições laborais. Avós, país, filhos e netos juntaram-se na manifestação que marcou o dia. Os protestos focaram-se em várias questões. Trabalho, reformas e até lei do arrendamento. Foi uma manifestação intergeracional com país a manifestarem-se pelos filhos e filhos a protestarem pelos país.

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sexta-feira, 11 de março de 2011

Amanhã não faltes!

Ola amigos Trandeirenses,

É já amanhã a manifestação "Geração à Rasca" que falamos anteriormente no blog, em várias cidades do país, e em particular na nossa cidade de Braga. Se concordas com o manifesto da manifestação e com as suas ideias não percas esta oportunidade de te manifestares e exerceres um dos teus direitos de cidadania, pois esta não se esgota com o voto. Se sentes que o voto já serve de pouco, tens agora a oportunidade de te fazeres ouvir e mostrares aos nossos governantes que não concordas com o rumo que estamos a seguir!


De resto, se ainda tens dúvidas, podes encontrar as respostas a tudo o que queres saber e não tens vergonha de perguntar aqui.


Hoje a Antena 1, por Maria Flor Pedroso editora de política da estação, entrevistou Alexandre de Sousa Carvalho, um dos organizadores do protesto geração à rasca. Interessante de ouvir:

http://ww1.rtp.pt/antena1/index.php?t=Entrevista-a-Alexandre-de-Sousa-Carvalho.rtp&article=3262&visual=11&tm=16&headline=13



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terça-feira, 8 de março de 2011

Manifestação "Geração à Rasca"

Ola amigos Trandeirenses,

É já no próximo Sábado, dia 12 de Março, que todos os que se encontram desagradados com o actual estado do Estado e com a classe política actual, têm oportunidade para se manifestar. A manifestação, nomeada de "Geração à Rasca", realiza-se também em Braga, a partir das 15h, na Avenida Central, junto ao chafariz.


O «Protesto da Geração À Rasca» surgiu de forma espontânea, no Facebook, fruto da insatisfação de um grupo de jovens que sentiram ser preciso fazer algo de modo a alertar para a deterioração das condições de trabalho e da educação em Portugal.

Este é um protesto apartidário, laico e pacífico, que pretende reforçar a democracia participativa no país, e em consonância com o espírito do Artigo 23º da Carta Universal dos Direitos Humanos:
  • Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à protecção contra o desemprego.
  • Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual.
  • Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que lhe permita e à sua família uma existência conforme a dignidade humana, e completada, se possível, por todos os outros meios de protecção social.
  • (…)
Por isso, protestamos:
  • Pelo direito ao emprego.
  • Pelo direito à educação.
  • Pela melhoria das condições de trabalho e o fim da precariedade.
  • Pelo reconhecimento das qualificações, competências e experiência, espelhado em salários e contratos dignos.
  • Porque não queremos ser todos obrigados a emigrar, arrastando o país para uma maior crise económica e social.
No dia 12 de Março, pelas 15 horas, convida-mo-lo a estar presente na Avenida da Liberdade em Lisboa ou na Praça da Batalha no Porto, ou na Avenida Central em Braga, no "Protesto da Geração à Rasca" cujo manifesto abaixo citamos.

Manifesto
Nós, desempregados, “quinhentoseuristas” e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabalhadores intermitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes, estudantes, mães, pais e filhos de Portugal.

Nós, que até agora compactuámos com esta condição, estamos aqui, hoje, para dar o nosso contributo no sentido de desencadear uma mudança qualitativa do país. Estamos aqui, hoje, porque não podemos continuar a aceitar a situação precária para a qual fomos arrastados. Estamos aqui, hoje, porque nos esforçamos diariamente para merecer um futuro digno, com estabilidade e segurança em todas as áreas da nossa vida.

Protestamos para que todos os responsáveis pela nossa actual situação de incerteza – políticos, empregadores e nós mesmos – actuem em conjunto para uma alteração rápida desta realidade, que se tornou insustentável.

Caso contrário:
Defrauda-se o presente, por não termos a oportunidade de concretizar o nosso potencial, bloqueando a melhoria das condições económicas e sociais do país. Desperdiçam-se as aspirações de toda uma geração, que não pode prosperar.
Insulta-se o passado, porque as gerações anteriores trabalharam pelo nosso acesso à educação, pela nossa segurança, pelos nossos direitos laborais e pela nossa liberdade. Desperdiçam-se décadas de esforço, investimento e dedicação.
Hipoteca-se o futuro, que se vislumbra sem educação de qualidade para todos e sem reformas justas para aqueles que trabalham toda a vida. Desperdiçam-se os recursos e competências que poderiam levar o país ao sucesso económico.
Somos a geração com o maior nível de formação na história do país. Por isso, não nos deixamos abater pelo cansaço, nem pela frustração, nem pela falta de perspectivas. Acreditamos que temos os recursos e as ferramentas para dar um futuro melhor a nós mesmos e a Portugal.

Não protestamos contra as outras gerações. Apenas não estamos, nem queremos estar à espera que os problemas se resolvam. Protestamos por uma solução e queremos ser parte dela.
Podem estar a par de todos os pormenores desta acção de protesto no Blog da manifestação em: http://geracaoenrascada.wordpress.com/.


Participa!

Juntos por Trandeiras.

A nossa triste situação...

Ola amigos Trandeirenses,

Deixo-vos um vídeo de paródia, no qual Kadafi fala aos Portugueses, sobre o actual estado do nosso país... É sempre um exercício engraçado que se faz e ao menos vamo-nos rindo do nosso triste fado!




Juntos por Trandeiras.