terça-feira, 8 de março de 2011

Manifestação "Geração à Rasca"

Ola amigos Trandeirenses,

É já no próximo Sábado, dia 12 de Março, que todos os que se encontram desagradados com o actual estado do Estado e com a classe política actual, têm oportunidade para se manifestar. A manifestação, nomeada de "Geração à Rasca", realiza-se também em Braga, a partir das 15h, na Avenida Central, junto ao chafariz.


O «Protesto da Geração À Rasca» surgiu de forma espontânea, no Facebook, fruto da insatisfação de um grupo de jovens que sentiram ser preciso fazer algo de modo a alertar para a deterioração das condições de trabalho e da educação em Portugal.

Este é um protesto apartidário, laico e pacífico, que pretende reforçar a democracia participativa no país, e em consonância com o espírito do Artigo 23º da Carta Universal dos Direitos Humanos:
  • Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à protecção contra o desemprego.
  • Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual.
  • Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que lhe permita e à sua família uma existência conforme a dignidade humana, e completada, se possível, por todos os outros meios de protecção social.
  • (…)
Por isso, protestamos:
  • Pelo direito ao emprego.
  • Pelo direito à educação.
  • Pela melhoria das condições de trabalho e o fim da precariedade.
  • Pelo reconhecimento das qualificações, competências e experiência, espelhado em salários e contratos dignos.
  • Porque não queremos ser todos obrigados a emigrar, arrastando o país para uma maior crise económica e social.
No dia 12 de Março, pelas 15 horas, convida-mo-lo a estar presente na Avenida da Liberdade em Lisboa ou na Praça da Batalha no Porto, ou na Avenida Central em Braga, no "Protesto da Geração à Rasca" cujo manifesto abaixo citamos.

Manifesto
Nós, desempregados, “quinhentoseuristas” e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabalhadores intermitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes, estudantes, mães, pais e filhos de Portugal.

Nós, que até agora compactuámos com esta condição, estamos aqui, hoje, para dar o nosso contributo no sentido de desencadear uma mudança qualitativa do país. Estamos aqui, hoje, porque não podemos continuar a aceitar a situação precária para a qual fomos arrastados. Estamos aqui, hoje, porque nos esforçamos diariamente para merecer um futuro digno, com estabilidade e segurança em todas as áreas da nossa vida.

Protestamos para que todos os responsáveis pela nossa actual situação de incerteza – políticos, empregadores e nós mesmos – actuem em conjunto para uma alteração rápida desta realidade, que se tornou insustentável.

Caso contrário:
Defrauda-se o presente, por não termos a oportunidade de concretizar o nosso potencial, bloqueando a melhoria das condições económicas e sociais do país. Desperdiçam-se as aspirações de toda uma geração, que não pode prosperar.
Insulta-se o passado, porque as gerações anteriores trabalharam pelo nosso acesso à educação, pela nossa segurança, pelos nossos direitos laborais e pela nossa liberdade. Desperdiçam-se décadas de esforço, investimento e dedicação.
Hipoteca-se o futuro, que se vislumbra sem educação de qualidade para todos e sem reformas justas para aqueles que trabalham toda a vida. Desperdiçam-se os recursos e competências que poderiam levar o país ao sucesso económico.
Somos a geração com o maior nível de formação na história do país. Por isso, não nos deixamos abater pelo cansaço, nem pela frustração, nem pela falta de perspectivas. Acreditamos que temos os recursos e as ferramentas para dar um futuro melhor a nós mesmos e a Portugal.

Não protestamos contra as outras gerações. Apenas não estamos, nem queremos estar à espera que os problemas se resolvam. Protestamos por uma solução e queremos ser parte dela.
Podem estar a par de todos os pormenores desta acção de protesto no Blog da manifestação em: http://geracaoenrascada.wordpress.com/.


Participa!

Juntos por Trandeiras.

Um comentário:

weasel disse...

O país anda doido, mas doidas andam também certas pessoas, cegas pela influência partidária que nem sabem explicar...

"Enquanto toda a Europa trabalha, em Portugal o povo tudo esquece entre os tradicionais festejos do entrudo. Em tempos de crise e contenção, o país pára num dia normal transformado em feriado nacional, que nenhum governo arrisca privar aos portugueses.

Entretanto, e no meio da folia que tolhe o país, um coordenador da DREC é demitido por expressar a sua opinião sobre o processo de avaliação de professores; os juros da dívida pública atingem máximos históricos; os Homens da Luta ganham a presença no Festival Eurovisão da Canção; e o movimento "geração à rasca" continua a cruzada anti-política e alguns dos seus membros são expulsos ao pontapé de uma acção de campanha de Sócrates, entre sorrisos e humor infeliz do Primeiro-Ministro. Tudo isto ao som dos bombos e do samba do quente Brasil, em desfiles de gente meio nua pelas ruas das frias cidades portuguesas.

O mais grave, porém, é que vivemos num constante Carnaval, durante todo o ano. Todos os dias vemos, lemos e ouvimos mais do mesmo. A única diferença é que a banda sonora não é tão alegre como a que acompanha estes três dias. É caso para dizer que no Carnaval, por vezes, há que levar a mal..."

Por todas as razões e mais algumas eu VOU!