terça-feira, 27 de outubro de 2009

Considerações sobre a Carta Anónima (que não o foi)

Ola amigos Trandeirenses,

Fomos brilhante e deslumbrantemente surpreendidos, na primeira reunião da nova Assembleia de Freguesia, com a apresentação de uma suposta carta anónima, que seria divulgada publicamente no decorrer da campanha eleitoral das últimas Autárquicas, não fossem os esforços e a pronta e eficaz intervenção, do actual Presidente da Junta. As consequências de tal situação seriam catastróficas para algumas associações da freguesia, com o aparecimento de cisões e problemas internos graves no seio dessas associações, tendo sido referidas, em especial duas, pelo supracitado presidente – os escuteiros e o clube desportivo. Confesso que não partilho desta opinião, mas deve ser por ser inexperiente nestes assuntos.

Em primeiro lugar, gostaria de iniciar as considerações sobre este assunto, referindo-me ao momento, oportunidade e modo de abordagem desta matéria. Como já foi narrado, a apresentação desta carta seguiu-se imediatamente a um discurso de união e apelo ao trabalho conjunto, pelo bem da freguesia, e em simultâneo com um auto-elogio do presidente à sua capacidade de intervenção e empenho em zelar pelo nobre e prioritário bem-estar dos habitantes e agremiações da freguesia. Sinceramente, não compreendo esta necessidade de vanglória e exaltação, naquele momento específico. Mas como disse, tal deve-se, sem dúvidas, à minha inexperiência. É importante, contudo, compreendemos o porquê de tal intervenção. Quais eram as intenções do presidente com esta apresentação? Qual o alcance deste acto? Estaria ele também a subscrever o texto? Ou estaria, ao invés, a condenar os seus conteúdos e a mostrar desagrado com a possível difusão de tal escrito? Tal não ficou claro, porque não houve tempo para mais explicações ou troca de ideias. E cá está outra questão que me parece, no mínimo, anti-democrática. Não bastava a inqualificável apresentação de uma carta anónima à Assembleia, como se esta fosse apanágio da verdade e virtude, mas não houve sequer oportunidade para os membros desse órgão poderem discutir ideias sobre a mesma, nem analisarem o seu conteúdo, numa atitude despótica.

Em seguida, e olhando à primeira vista para o texto, sobressai dele a ausência de um autor, bem como a sua má redacção. «− Ora bem, eu tenho aqui um texto que nem sei quem o escreveu. O que é que vou fazer com ele? Pois claro, vou levá-lo à Assembleia de Freguesia e apresentá-lo!» É inconcebível, trazer à discussão um texto anónimo para um órgão tão respeitável como é (ou deveria ser) a Assembleia de Freguesia. Sobre textos anónimos não me quero alongar muito, mas creio ser importante referenciar a cobardia de tal acto, que revela a mesquinhez e desonestidade de quem o perpetrou. Quem produz um acto anónimo é alguém que gosta de agredir à traição e revela, clara e nitidamente, mau carácter.

Esmiuçando, agora, com mais cuidado, os conteúdos de tal texto, fico sem perceber bem quais eram, igualmente, os seus objectivos, uma vez que não fica claro quem são os visados pelas acusações, nem os propósitos de tal escrito, para além de conter um rol de inverdades, que atesta, uma vez mais, o mau carácter e a má fé de quem o redigiu. Chamo só a atenção para um pormenor: − trazendo agora a lume este episódio, não poderá ele, agora sim, despoletar um ambiente de crispação e dissidência entre os membros da Associação referida no texto? Porque me parece, claramente, que quem o escreveu é alguém ligado a esse movimento, quer pelo contexto em que está escrito, quer pela própria informação nele contido? O anonimato tem destas coisas, permite a especulação e a dúvida!

O texto começa com uma afirmação completamente verdadeira, que absolutamente subscrevo na íntegra: “Caros eleitores todos devem estar com atenção aos programas apresentados pelos candidatos para a Junta e Assembleia da nossa Freguesia, ouvir, ler e ver a verdade de cada programa apresentado”. Sem dúvida verdade! O que me parece é que quem escreveu esta frase não segui, certamente, o seu próprio conselho, como terei oportunidade de demonstrar à frente e porque claramente, olhando para os projectos apresentados, restariam poucas dúvidas em relação à qualidade dos mesmos.

De seguida segue-se uma frase genérica que cita não se sabe quem: “Dizer que a Junta de Freguesia não tem feito nada pelos movimentos da freguesia”. Que significado tem esta frase? Alguém disse? Quem disse, ou diz? Por certo não teria sido ninguém da lista concorrente pelo PS e, asseguro imperativamente, que ninguém da lista Juntos por Braga sequer tenha pensado tal coisa, quanto mais dito em campanha.

E depois vem a frase mais enigmática do texto: “Quem? Tem feito e prestado apoio aos movimentos?”. Quase que consigo sentir em mim o peso poético-filosófico da questão “Quem?”. Afinal quem? Nota-se a preocupação e urgência na busca do autor pela figura, quiçá mitológica, do ser no qual ele centra a sua escrita. E depois a questão seguinte. Linda e extasiante, a ligação inspiradora e sublime da questão da identidade com a busca do saber se tem ou não prestado apoio aos movimentos. Ou então não é nada disto e deixei-me, novamente, levar pela minha inexperiência e o primeiro ponto de interrogação é um erro de escrita e deveria ler-se: “Quem tem feito e prestado apoio aos movimentos?” Bem, sem dúvida que a Junta de Freguesia, os pais, os cidadãos anónimos, a própria Igreja, a comunidade… Todos estes e outros têm prestado apoio aos vários movimentos.

Segue-se depois um rol de questões retóricas, com várias confusões pelo meio e algumas inverdades. No geral, todas estas questões levam o leitor mais desatento a emocionar-se e sentir-se quase comovido como rol de acções de apoio referidos, sentindo-se até como que balançado a prostrar-se diante da entidade que presta os apoios e agradecer humilde e encarecidamente os favores que lhe estão a ser concedidos. Contudo, um olhar mais afastado e racional, detecta que as questões referidas nos apoios não são mais do que mera competência de qualquer Junta de Freguesia, de qualquer ponto do país. Diz a alínea l), do ponto 6, do artigo 34º, da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, no âmbito das Competências da Junta de Freguesia: “Apoiar ou comparticipar, pelos meios adequados, no apoio a actividades de interesse da freguesia, de natureza social, cultural, educativa, desportiva, recreativa ou outra;”. Desta forma, é natural que a Junta de Freguesia preste apoio às associações existentes na freguesia, não estando a prestar qualquer favor especial a estas entidades ao fazê-lo.

Mas esmiucemos um pouco mais as questões presentes no texto. “Os Escuteiros estão a ocupar um edifício, a quem pertence? Quem paga a água? Quem paga a luz?” Os Escuteiros estão de facto a ocupar três salas do edifício da Junta de Freguesia, autorizados por essa entidade. A luz e a água são pagas, ao que sei, pela Junta de Freguesia. Cá está uma questão interessante: Existe algum protocolo assinado entre as duas instituições que regulamente o uso das instalações e os direitos e deveres de cada um? A resposta é um rotundo NÃO! Mas deveria haver? Deveria! E isto para salvaguardar os interesses de ambas as partes e evitar que questões como estas fossem colocadas no futuro para fins pouco claros.

A quem pertence a carrinha que os escuteiros utilizam?” Creio falar-se aqui da carrinha propriedade da Junta de Freguesia que se diz estar ao serviço da comunidade. Portanto, preenchendo todos os requisitos necessários, não vejo o interesse de levantar esta questão. A carrinha pode ser utilizada por qualquer organismo da freguesia, desde que seguidos os procedimentos regulamentares, é para isso que ela existe.

Vem depois um conjunto de questões relacionadas com uma actividade específica realizada em 2003 pelos escuteiros. “Quem deu o apoio e pagou todo o material utilizado para a construção do parque infantil e das tintas para o mural? Está esquecido o RoverWay 2003? Quem pagou as portas de ferro do barracão? Quem pagou e colocou a rede que está colocada na vedação do parque? Quem pagou toda a mão-de-obra da colocação do piso novo e colocação de dois novos aparelhos para as crianças?” Em 27 de Maio de 2002 foi assinado um protocolo entre o Agrupamento de Escuteiros e a Junta de Freguesia, no qual o órgão autárquico se comprometia a concretizar a referida obra, ou seja, a custear os equipamentos do parque infantil. Tudo perfeitamente legal, protocolado e dentro dos parâmetros normais de colaboração entre duas entidades. O piso novo, bem como a substituição de dois equipamentos, foram da iniciativa da Junta de Freguesia, que esteve muito bem nesse aspecto, mas que em nada envolveu o Agrupamento de Escuteiros. Todo este projecto, do qual saiu beneficiada, claramente, a freguesia é um exemplo de boa colaboração entre as entidades, embora se deva referir, clara e inequivocamente, que a iniciativa de construir ali um parque infantil (o único até hoje para uso público na freguesia) partiu do Agrupamento de Escuteiros e não da Junta de Freguesia.

Aparecem de seguida algumas questões relacionadas com uma actividade mais recente, que envolveu escuteiros e não escuteiros, falo da recuperação da torre na Poça da Bácora. “Quem pagou e prestou apoio na recuperação da torre e jardim dos escuteiros na Poça da Bácora? A pintura da imagem e colocação?” Quem pagou a recuperação? O Agrupamento investiu na recuperação da torre cerca de 80 euros. Isto é um facto. Desconheço se a Junta custeou alguma coisa. A madeira foi oferecida por um amigo do Agrupamento. A mão-de-obra foi prestada por colaboradores, escuteiros e não escuteiros. A Junta de Freguesia ajudou? Naturalmente que sim. Mas não na medida em que as questões retóricas deixam transparecer.

No final desta série de questões retóricas, o autor deste texto indigna-se porque existe alguém e mais do que um pelos vistos, que não são explicitados nesta missiva, que falam que a Junta de Freguesia deveria dar um subsídio aos escuteiros. Mais uma vez se nota a utilização de uma expressão genérica atribuída não se sabe a quem. Devo dizer que é sem dúvida um estilo literário mordaz e incisivo, que coloca o leitor a tentar adivinhar de quem se trata. Eu, como sou muito inexperiente, não consigo adivinhar. Será que o artista queria fazer alguma alusão à lista Juntos por Braga? O que posso e devo dizer é que ninguém da lista Juntos por Braga reivindicou tal questão. Aliás, aqui está a prova de que o autor deste texto não seguiu o conselho por ele apresentado no início desta epistola e não leu devidamente o programa apresentado por esta lista, onde não consta nenhuma solicitação nesse sentido.

De seguida, assistimos a uma parte mais sentimental desta carta, onde o autor se torna mais intimista e se aproxima dos seus leitores. Quase que o sentimos aproximar-se de nós e gentilmente sussurrar palavras doces de elogio ao elenco da Junta de Freguesia e da própria Assembleia, conferindo um tom de experiência pessoal quando refere: “…sempre nos atendeu e colaborou como presidente e amigo”. Chamo especial atenção para a forte ligação emocional revelada nesta pequena e singela frase, que parcialmente descobre um pouco da vida deste brilhante autor e nos faz querer que existe até uma relação de especial amizade entre os protagonistas. Confesso que tive de parar de ler a carta neste ponto, para limpar um cisco que se havia infiltrado no meu olho direito. Ou terá sido o esquerdo? Não importa, adiante.

Por fim, no epílogo desta composição poética, vem um conselho e um pedido especial aos membros das listas. O conselho para vermos e ouvirmos as palavras dos candidatos e dos seus programas. É um reforço do conselho inicial que revela a importância que esta questão dos programas assume para o autor – identificar o melhor programa, aquele que apresenta mais qualidade e mais inovação. É uma questão crucial, como se veio a revelar! E depois o pedido: “…não se preocupem com os movimentos, não coloquem os escuteiros e a igreja em política…”. Cá está a traição de judas! O autor que se revelara amigo próximo, acaba a fazer uma crítica à lista do PS. Quer-se dizer, segundo o que eu interpreto, mas eu sou muito inexperiente. Mas só pode ser uma crítica directa a quem utiliza o lugar e a designação de “Chefe do Agrupamento de Escuteiros” para se referir a um seu elemento, no manifesto eleitoral; a quem faz questão de salientar a ligação ao grupo coral e comissão fabriqueira da Igreja dos seus elementos; a quem utiliza fotografias do padre e da recuperação da residência paroquial na sua declaração eleitoral. Porque, por certo, não era para os elementos da lista Juntos por Braga, que o autor falava, pois ao longo de toda a campanha a única preocupação desta lista foi desenvolver um projecto de qualidade, exequível e inovador e tratar de o promover, sem qualquer referência ou aproximação a qualquer grupo, entidade ou organismo.

Mas como referi no princípio, este é um texto enigmático e de difícil compreensão, pelo menos eu assumo que não tenho capacidade para atingir e perceber o alcance das palavras contidas nesta carta. E não consigo, igualmente, depreender qual foi o objectivo de apresentação desta missiva na Assembleia de Freguesia. Mas eu assumo, sou inexperiente e percebo pouco destas coisas.

Texto escrito por: Ricardo Lopes.
Subscrito por: Orlando Jorge Silva, António Miguel Ferreira, Nuno Viriato Carvalho e Rui Silva.



Juntos por Trandeiras.

13 comentários:

Anônimo disse...

Na luta e sobrevivência pelas dificuldades enerentes da vida, eis que encontro motivo para acreditar no futuro, pois só com este caracter e personalidade poderemos acreditar no progresso e no futuro sorrindo..!
Afinal fazer oposição não quer dizer (ser do contra) antes pelo contrario (contribuír com novas ideias que só os imbecis podem ignorar....!
FOI COM ESSA POSTURA QUE ASSUMI ENQUANTO MEMBRO DA ASSEMBLEIA.
Por muito que custe PELA VERDADE SEMPRE......!!!
Trandeiras VENCERÁ

Joaquim disse...

Mas qual é a admiração por haver quem defina os seus elementos pelo "currículo associativo" na freguesia? Penso que também se dizia idade, profissão, são dados que fazem parte da pessoa, poderiam até juntar os hobbies...

Será que ficaram tão, vá lá, irritados com tal informação por não poderem fazer o mesmo com os vossos elementos??? Que tirando 4, vá lá, meia dúzia em quase 20 pessoas qu até agora nada fizeram em prol da comunidade, não mostraram trabalho... Espera lá, mas na Junta já iriam trabalhar bastante.... E já agora quem é o Rui Marques???

weasel disse...

Ola,

Meu caro Joaquim, não há admiração nenhuma. Aliás, não admira nada. Se verificar o contexto em que é referida a questão do "currículo associativo", verá que tal vem no seguimento de uma insinuação, contida no texto entregue na Assembleia, sobre misturar "escuteiros e igreja em politica".

De resto, talvez não saiba, mas é estatutariamente proibido fazer-se referência ou usar, por qualquer modo ou circunstancia, a qualidade de escuteiro em campanhas políticas, por exemplo.

Assim como é, no mínimo, insólito que se faça apelos ao voto em nome de órgãos executivos e deliberativos, como sabe bem que foi feito.

Ninguém ficou irritado. Garanto-lhe! Simplesmente escolhemos não mencionar ligações de elementos nossos a nenhuma associação ou grupo, porque acreditamos que tal não é decisivo para a escolha que estava a ser feita! Agora não venham é insinuar que nós misturamos seja o que for com a política. Estranho é a ausência do seu comentário da parte da foto do padre ou das obras da residência, mas creio que também deva ser perfeitamente normal! Assim como assumir crédito por obras que não foram da autoria da Junta de Freguesia, e sabe que falo do relvado sintético!

Não sei se conhece assim tão bem as pessoas que fazem parte da nossa lista. Aliás, posso mesmo dizer que não conhece, porque não sabe quem é o Rui Marques. Mas tudo bem! Não podemos conhecer toda a gente, ainda para mais se paramos pouco pela freguesia. O Rui Marques, que o senhor diz não conhecer participou consigo, se bem se lembra, em pelo menos duas reuniões da Assembleia de Freguesia, estas últimas. Há oito anos que é membro da Assembleia de Trandeiras! O seu empenho e disponibilidade, foi aliás, reconhecido unanimemente por toda a Assembleia e os seus méritos falam por ele! Não vou entrar em discussões sem sentido sobre se a minha é maior que a sua, em relação a quem fez o quê pela comunidade. Nós falamos pelo projecto que apresentamos e pelas ideias que propusemos. Essas temos a certeza que eram de qualidade e que fariam crescer Trandeiras. Vejamos o que nos será proposto no próximo programa da Junta de Freguesia.

Por fim, não posso deixar de lamentar que se tenha imiscuído de comentar os propósitos da entrega da tal carta na Assembleia, embora compreenda que não tem de oferecer a sua opinião a estas mentes mais lentas que, pouco ou nada, fazem pela freguesia e não são, por isso, dignos sequer de pensar que podem fazer mais do que o que é feito. Qual foi afinal o objectivo de entregar a carta? Parece-lhe bem apresentar uma missiva anónima numa Assembleia de Freguesia? E depois não dar sequer oportunidade para ver a que se refere e poder oferecer uma resposta à mesma? É esta a democracia que quer para Trandeiras?

Mas ainda bem que nos visitou e deu-nos o prazer do seu comentário, que muito nos honra. Volte sempre e sinta-se à vontade para comentar, aqui ninguém o impede de o fazer.

Ricardo Lopes.

PS: Já agora, devolvia-lhe a pergunta, que com certeza não vai levar a mal: «Já agora quem é o Joaquim da Rocha Veiga?»

Joaquim disse...

Caro Weasel,

Penso que errou ao assumir que eu faria parte da Assembleia de Freguesia quando diz que "participou consigo nos últimos 8 anos"... Está muito enganado, sou um cidadão como outro qualquer, um Trandeirense que como muitos outros não conece o Sr. Rui Marques e que o Sr, Rui Marques certamente não conhece por, como diz, parar pouco (ou nada) pela freguesia...

Joaquim disse...

Meu caro weasel não sou o Joaquim da Rocha Veiga, garanto-lhe... Lamento que tenha ido ver os nomes um por um na lista sua oponente, porque garanto-lhe não sou nenhum deles...

weasel disse...

Ola,

Meu caro Joaquim, se realmente errei ao pressupor que era quem afinal não é, ficam as minhas humildes desculpas. Longe de mim, querer fazê-lo passar por quem não é! Mea culpa!

Contudo, essa errada suposição, em nada retira verdade ao que expus no meu comentário.
Eu sei que às vezes me excedo no tamanho dos textos e compreendo que seja fastidioso ler com alguma atenção os meus escritos. Por isso permita-me que faça duas correcções ao que afirmou no seu comentário. Não referi que o Sr. Joaquim Rocha participou 8 anos nas assembleias, conheço apenas duas ocasiões, nem tão pouco referi que o Rui Marques pára pouco por Trandeiras (o visado pelo alcance de tais palavras era o seu homónimo), o que nem é verdade. O Rui Marques deve ser dos poucos que conhece bem os problemas da freguesia e que deu o seu contributo para os tentar solucionar, o que não se pode dizer de muitos outros cidadãos quaisquer, inclusive eu, que só agora começo a integrar-me nestas andanças e sou, por isso, ainda muito inexperiente.

Devo, ainda, dizer-lhe que não precisei de ir consultar quaisquer nomes, porque conheço a contituição da Assembleia e das próprias listas concorrentes. E por isso o nome Joaquim me fez imediatamente assumir tratar-se da sua pessoa e aproveito para reiterar as minhas desculpas por tal facto. Mas reconheço, perante si e todos os que lerem, que não conheço, nem de perto nem de longe, todas as pessoas que moram em Trandeiras. A minha questão retórica final, em jeito de brincadeira, apenas pretendia afirmar que esse seu argumento de não conhecer, seja quem for, é falso. Primeiro porque não devemos julgar sem conhecer. Depois porque nem sempre o conhecimento de determinada pessoa atesta a sua competência (não negue à partida uma ciência que desconhece). E finalmente, porque em ambas as listas havia pessoas mais e menos conhecidas.

Mais uma vez, congratulo-me pela sua visita a este espaço e pela sua disponibilidade em debater estas questões. É precisamente assim que o mundo pula e avança. E é precisamente isso que ambos queremos, estou em crer, relativamente a Trandeiras.
E, por isso, não posso deixar de manifestar a minha pena por não conhecer a sua opinião sobre as questões que realmente interessam neste assunto e que se prendem, como saberá naturalmente, com as intenções por detrás, quer da carta anónima, quer da sua apresentação na Assembleia de Freguesia. Assim como a não oportunidade de resposta sobre o assunto na Assembleia.

Um bem haja,

Ricardo Lopes.

OJ disse...

É com muito gosto que vejo a participação deste blog a aumentar! Gostaria de elogiar o sr Joaquim, que embora também não esteja a ver quem é, merece os meus parabéns por participar nesta plataforma de discussão de ideias. Funcionassem assim as assembleias e tivessem este espírito os representantes do Ps na assembleia da minha freguesia e muita coisa já estaria resolvida e não haveria lugar a “cartas anónimas”.
Mas na minha humilde opinião os textos que têm sido aqui publicados, particularmente a “reflexão sobre o período eleitoral” e “falada carta anónima” levantam muitas questões que eu considero importantes e que estava ansioso por ver discutidas e esclarecidas, na esperança que alguém me pudesse justificar, por exemplo, porque não existem protocolos assinados entre algumas associações e a junta de freguesia, ou o porquê de não se incentivar os cidadãos a participar nas assembleias.
Porém, o sr Joaquim, á semelhança da generalidade dos membros da lista do Ps, prefere entrar em discussões de quem é quem do que argumentar e debater as questões realmente importantes!
Já agora para evitar confusões, o meu nome é Orlando Jorge Ribeiro da Silva, e se também não me conhece não conhece Trandeiras!

Joaquim disse...

Segundo depreendi da vossa exposição, a "Carta Anónima" se afinal não o foi, porque não diregem as vossas questões à pessoa anónima que, afinal não o é??? Parece-me o mais lógico a fazer... Em vez de andarem para aqui com rodeios e em dramas existenciais... E se querem saber as intenções na divulgação perguntem também, não percebo qual é o drama!...

OJ disse...

Caríssimo Joaquim, aquilo que propõe é realmente uma ideia brilhante! Realmente tanta confusão e é só perguntar ao autor da carta as suas intenções… mas espera lá, acho que o autor não se assume e por isso não temos maneira de saber objectivamente quem é! Já sei, podemos sempre perguntar a quem distribuiu essa carta na assembleia, não percebo como não o fizeram antes!? Terá sido porque essa pessoa não deu oportunidade? Pois foi!
Mas não se preocupe sr Joaquim, com certeza irão realizar-se mais assembleias onde farei questão de participar e aproveito para o convidar também, para ver estas “questões existenciais” esclarecidas!
Até lá não deixe de participar, e lançar mais ideias brilhantes, mas desta vez e volto a insistir, sobre os assuntos realmente importantes!

Joaquim disse...

Se bem sei ler, no título deste post diz que a carta afinal não foi anónima, portanto vocês sabem quem foi! E já agora só se pode falar com as pessoas nas Assembleias??? Se vocês conhecem as pessoas não vão falar com elas em nenhuma outra situação? Só na Assembleia? Desculpem mas parece-me que estão em guerra!!! Sinceramente não percebo o porquê dessa atitude e, na minha opinião, só perderam, perdem e vão continuar a perder com esse tipo de atitudes... E por mim deixo a participação por aqui, pois só pelo facto de tentarem adivinhar quem eu sou, tocando no nome de uma pessoa que, coitada, nem deve saber disso, mas com um tal de Sr. João não fizeram o mesmo, só porque a opinião dele vos era mais favorável (apesar de os seus comentários serem de teor altamente injurioso) já me disse tudo acerca da vossa atitude parcial... Se calhar foi um de vocês ou alguém com a vossa cobertura a fazer o comentário...

Assim, se não aceitam os comentários que vos são contrários, comentem e respondam sozinhos...

weasel disse...

Ola,

Começo aqui por me penitenciar pela escolha de um título dúbio que gerou interpretações diferentes daquela que se pretendia. As minhas desculpas a todos os leitores (a escrita não é, de facto, para mim).
"Carta Anónima (que não o foi)", pretendia dizer que aquele texto (que foi apresentado em imagem num post anterior) era para ser uma carta difundida publicamente, naturalmente anónima, mas que à última hora foi impedida a sua difusão. Portanto, continua a ser anónima (mas não chegou a ser carta pública) e, como tal, não podemos questionar o seu autor directamente, a menos que ele se assuma e deixe de se esconder como um cobarde.

De resto, foi com pena que li que deixava de comentar neste espaço. E digo-o com sinceridade pois considero que o Joaquim (permita-me que o trate assim) tem sido bastante perspicaz e incisivo nos seus comentários. E digo isto porque no seu penúltimo escrito realçou exactamente as questões pertinentes, que nós temos vindo também a questionar. Diz que deveríamos perguntar às pessoas. Diz muito bem acrescento. O problema é que o autor da carta é desconhecido. E, da mesma forma, não foi dada oportunidade de questionar fosse o que fosse, fosse quem fosse, na altura da entrega do texto na Assembleia. Parece-lhe bem essa atitude? Sem fuga à questão, parece-lhe democrática essa atitude?

Pode realmente dizer que podemos falar com as pessoas fora do contexto da Assembleia. Com certeza que sim. Mas a verdade é que foi aí que as coisas se passaram, é aí que se deveria também discutir esta questão. A Assembleia é um dos estandartes da cultura democrática, o órgão deliberativo por excelência.

Permita-me, por outro lado, discordar quando diz que estamos em guerra. É precisamente o contrário. Aliás, quando assumimos apresentar este projecto foi sempre com a ideia de apresentar soluções alternativas e inovadoras. Não entramos nesta campanha contra ninguém, nem para ganhar a ninguém. Pessoalmente, nem vejo a política como vitórias e derrotas e por isso custa-me entender as próprias manifestações que se fazem por todo o país como se vencesse uma taça ou campeonato.

De resto, deixe que me penitencie uma vez mais pelo meu erro de assumpção. Não tentei adivinhar quem era, nem isso me interessa prioritariamente. Apenas deduzi, erradamente pelos vistos, que era alguém que não é. Mas a Internet tem destas coisas. Não seja por isso que deixemos de o ter como leitor e comentador deste espaço.

Engraçado ter-se referido ao Sr. João que fez também alguns comentários noutros posts. Não se sinta, de forma nenhuma, discriminado. Aliás, sinta-se orgulhoso e respeitado, porque as suas ideias e opiniões suscitaram debate e reconhecimento, ao invés do Sr. João que, esse sim, poderá sentir o desprezo dado a quem não se exprime com elevação. Penso até que o moderador deste blog pediu ao Sr- João para moderar o tom dos seus comentários.

É por isso, que não compreendo as últimas palavras do seu último comentário. Fazer juízos de valor e acusações infundadas nem parece seu (pelo menos a fazer fé no que tem escrito). Asseguro-lhe que conheço tão bem esse Sr. João como o conheço a si, e que ninguém da nossa equipa precisa de pseudónimos ou anonimato para exprimir as suas ideias e opiniões.
E não compreendo igualmente a sua afirmação e, permita-me que não aceite, essa acusação de que não aceitamos os seus comentários. Se não os aceitássemos, nem permitiríamos que pudesse comentar, nem teríamos o prazer de lhe responder. Não confunda as situações, não é aqui que impedem as pessoas de falar.

Não se irrite, portanto, e volte sempre, partilhe as suas opiniões. Este é um espaço aberto a todos, onde todos podem exprimir aquilo que pensam, pois essa foi uma das conquistas da democracia.

Um bem haja,

Ricardo Lopes.

OJ disse...

Caro Joaquim, tenho muita pena (e digo isto com a maior sinceridade) que deixe de comentar neste espaço. O facto de eu não concordar com a sua opinião não é razão, a meu ver, para em primeiro lugar, eu não a expressar e segundo o senhor levar a mal! E mais uma vez uso deste espaço para lhe garantir que não estou em guerra com ninguém, (se estivesse talvez agora estivesse a escrever cartas anónimas…) e para lhe assegurar também que não estou minimamente preocupado em saber quem é, por mim até podia ser o papa, que lhe responderia com o mesmo respeito! E se me permite mais uma opinião, (não consigo evitar este derradeiro reparo) a sua postura aqui foi exactamente aquela que no meu entender caracterizou a última campanha eleitoral da lista do Ps para a nossa junta de freguesia, ou seja em várias intervenções conseguiu fazer algum ruído sem nunca discutir assuntos importantes para Trandeiras, e no final faz-se de vítima, acusa-nos de descriminação e de fazermos guerras sem sentido! Perante tais semelhanças, (embora não deixe de ser lamentável) até é bastante compreensível que o tenham confundido com um elemento da referida lista!
Espero que continue a comentar e que outros sigam o seu exemplo, e mais importante que esta participação se estenda às assembleias da Junta, e que todas as discussões sejam no sentido de melhorar Trandeiras!
Abraço

Unknown disse...

Muito bem, são peritos em mandar areia para os olhos do povo trandeiras,
Vejam só a primeira assembleia e começa a sessão da carta, vamos lá ver qual vai ser a próxima comedia, sim porque isto é mesmo uma comedia….